quarta-feira, 10 de maio de 2017

Síndrome do Túnel do Carpo


A síndrome do túnel do carpo (STC) resulta da compressão do nervo mediano no túnel do carpo, sendo a neuropatia mais comum da extremidade superior. A compressão da STC é causada pela diferença entre a capacidade rígida do canal e o volume de seu conteúdo. O volume do conteúdo e a capacidade do canal variam com a posição do punho em relação ao eixo do antebraço, assim os sintomas resultantes tendem a flutuar. O exame físico do paciente com suspeita de STC inclui dois sinais: Tínel e Phalen. O sinal de Tínel é pesquisado com a percussão do punho, sendo positivo com dor ou formigamento no polegar e no indicador ou entre os dedos médios. O sinal de Phalen é pesquisado com a flexão a 90° do punho forçando o dorso das mãos um contra o outro; se os sintomas forem reproduzidos em 60 segundos, é considerado positivo. O diagnóstico por imagem é importante nos casos duvidosos e, especialmente, nos sintomas recorrentes ou não aliviados após a liberação cirúrgica do túnel do carpo. Enquanto as radiografias simples e a tomografia computadorizada representam valor diagnóstico limitado, exceto pela avaliação da estenose óssea do carpo e calcificações de partes moles, a ultrassonografia e a ressonância magnética (RM) permitem a visualização direta da compressão do nervo mediano e outras estruturas de partes moles do túnel do carpo. Deve-se, entretanto, lembrar que o diagnóstico da STC é eminentemente clínico, sendo o exame complementar de imagem apenas ocasionalmente solicitado. Quando o mesmo for negativo, não afasta definitivamente o diagnóstico.

USG mostrando Túnel do Carpo normal à esquerda e aumentado à direita.

RNM plano axial, T1 SE. Túnel do Carpo proximal normal.

Matéria escrita pela ligante Bárbara Vilela


Referência:
Turrini, e., Rosenfeld, a., Juliano, y., Fernandes, a.r.c., Natour, j. Diagnóstico por Imagem do Punho na Síndrome do Túnel do Carpo. Rev Bras Reumatol, v. 45, n. 2, p. 81-3, mar./abr., 2005.

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