segunda-feira, 9 de maio de 2016

NEFROLITÍASE 

Definição e Epidemiologia
O Cálculo Renal, urolitíase, ou nefrolitíase, conhecido popularmente como pedra nos rins, é formado quando pequenos minerais, normalmente filtrados na urina, cristalizam e precipitam no sistema urinário. Estes tendem a se aglomerar, formando, com o passar do tempo, as pedras.A maioria dos cálculos são de oxalato de cálcio, estruvita, ácido úrico, cistina.
A formação de cálculos depende da ação de fatores individuais e ambientais sobre as propriedades da urina, modificando tais características e favorecendo a formação dos cálculos.  Basicamente se deve à falta de água para diluir ou excesso de sais para serem diluídos.
A doença é cerca de três vezes mais comum em homens e seu pico de incidência ocorre entre os 20 e 50 anos de idade. Países de clima tropical e industrializados apresentam uma maior incidência devido à perda de água pelo suor e ao tipo de alimentação, respectivamente.  Também é mais comum durante a gravidez e após a menopausa nas mulheres que tomam suplementos de cálcio.

Fatores de risco
Sexo (mais comum no masculino, idade (20 – 50 anos); história familiar;fatores epidemiológicos (clima quente, exposição ao calor ou ar condicionado no trabalho, dieta com maior consumo de proteína animal e sal, sedentarismo); distúrbios metabólicos (excesso de sais no sangue); alterações do pH; infecção do trato urinário; redução do volume urinário; imobilização prolongada; alterações da anatomia do sistema urinário.

Sintomas
Os sintomas da litíase renal surgem devido a movimentação dos cálculos nas vias urinárias. O sintoma mais típico é acólica renal.
A cólica renal é uma dor muito intensa que surge na região lombar (porção inferior das costas), na cintura, costelas e região inguinal (próximo à virilha). Por ser em cólica, a dor das pedras nos rins aumenta e diminui de intensidade alternadamente ao longo do tempo. Além disso não alivia conforme a posição, sendo que os pacientes que sofrem dessa doença não conseguem ficar parados, apresentando-se muito agitados e irritados. Normalmente, as cólicas pioram ao beber água.

Além da cólica outros sintomas podem ser encontrados, tais quais: náuseas e vômitos, transpiração excessiva, dificuldade e dor ao urinar, necessidade urgente de urinar, urinar várias vezes ao longo do dia, presença de sangue na urina e febre.

Diagnóstico
É relativamente fácil fazer o diagnóstico da cólica renal clássica por causa da intensidade da dor. Entretanto, alguns indivíduos têm cálculo renal sem dor ou com dor leve, o que é muito perigoso. Havendo suspeita de cálculo renal deve-se realizar exames que possibilitem o diagnóstico:
●Exame de urina: para verificar se há sangramento e infecção
• Raio X simples de abdômen: 90% dos cálculos são diagnosticados com este exame
• Ulta-sonografia: está indicado também para avaliação do tamanho do cálculo e sua localização
• Urografia excretora: é um exame onde se injeta um líquido pela veia (contraste) e são obtidas imagens (chapas) do rim e do ureter, permitindo a localização do cálculo e o grau de dilatação do trato urinário.
• Tomografia de Abdome: É O EXAME DE ESCOLHA.

Tratamento
O tratamento varia de acordo com o tamanho, composição e localização do cálculo, bem como possíveis complicações associadas (como medicamentos tóxicos aos rins ou infecção urinária).
Os cálculos menores e não complicados poderão ser expulsos espontaneamente na urina, sem necessitar de nenhuma intervenção particular. Outros tipos de cálculos podem exigir uma intervenção mais específica, como a Litotripsia e a Cirurgia.
A Litotripsia consiste num procedimento no qual uma máquina gera ondas de choque de alta energia que destroem os cálculos, sendo que os microcálculos resultantes são eliminados na urina. A intervenção cirúrgica pode ser necessária para a retirada direta do cálculo.
Além disso, para o controle da dor, poderá: prescrição de analgésicos eanti-espasmódicos, omissão da ingesta hídrica durante da dor, aplicar calor no local – preferencialmente úmido, como um banho quente.

Prevenção e medidas gerais
Cada tipo de cálculo demanda uma abordagem específica. Para evitar a formação de novos cálculos, pode-se recorrer a tratamentos farmacológicos e não farmacológicos,preferindo  sempre o tratamento não medicamentoso.
Em resumo, beber muita água e outros líquidos reduz em 61% o risco de voltar a ter cálculo renal. Num estudo, as pessoas que foram orientadas a beber menos refrigerante tiveram uma recorrência 17% menor de cólica renal, em comparação às que não receberam a orientação. De qualquer forma, parece que dietas ricas em cálcio previnem novos episódios de cólica renal. Em resumo, ter uma alimentação saudável, evitando alimentos industrializados, reduz de forma significativa o risco do cálculo renal voltar a se formar.

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