NEFROLITÍASE
Definição e Epidemiologia
O Cálculo Renal, urolitíase, ou
nefrolitíase, conhecido popularmente como pedra
nos rins, é formado quando pequenos minerais, normalmente filtrados na
urina, cristalizam e precipitam no sistema urinário. Estes tendem a se
aglomerar, formando, com o passar do tempo, as pedras.A maioria dos cálculos
são de oxalato de cálcio, estruvita, ácido úrico, cistina.
A formação de cálculos depende da
ação de fatores individuais e ambientais sobre as propriedades da
urina, modificando tais características e favorecendo a formação dos
cálculos. Basicamente se deve à falta de
água para diluir ou excesso de sais para serem diluídos.
A doença é cerca de três vezes
mais comum em homens e seu pico de incidência ocorre entre os 20 e 50 anos de
idade. Países de clima tropical e industrializados apresentam uma maior
incidência devido à perda de água pelo suor e ao tipo de alimentação,
respectivamente. Também é mais comum
durante a gravidez e após a menopausa nas mulheres que tomam suplementos de
cálcio.
Fatores de risco
Sexo (mais comum no masculino,
idade (20 – 50 anos); história familiar;fatores epidemiológicos (clima quente,
exposição ao calor ou ar condicionado no trabalho, dieta com maior consumo de
proteína animal e sal, sedentarismo); distúrbios metabólicos (excesso de sais
no sangue); alterações do pH; infecção do trato urinário; redução do volume
urinário; imobilização prolongada; alterações da anatomia do sistema urinário.
Sintomas
Os sintomas da litíase renal
surgem devido a movimentação dos cálculos nas vias urinárias. O sintoma mais
típico é acólica renal.
A cólica renal é uma dor muito
intensa que surge na região lombar (porção inferior das costas), na cintura,
costelas e região inguinal (próximo à virilha). Por ser em cólica, a dor das
pedras nos rins aumenta e diminui de intensidade alternadamente ao longo do
tempo. Além disso não alivia conforme a posição, sendo que os pacientes que
sofrem dessa doença não conseguem ficar parados, apresentando-se muito agitados
e irritados. Normalmente, as cólicas pioram ao beber água.
Além da cólica outros sintomas
podem ser encontrados, tais quais: náuseas e vômitos, transpiração excessiva,
dificuldade e dor ao urinar, necessidade urgente de urinar, urinar várias vezes
ao longo do dia, presença de sangue na urina e febre.
Diagnóstico
É relativamente fácil fazer o
diagnóstico da cólica renal clássica por causa da intensidade da dor.
Entretanto, alguns indivíduos têm cálculo renal sem dor ou com dor leve, o que
é muito perigoso. Havendo suspeita de cálculo renal deve-se realizar exames que
possibilitem o diagnóstico:
●Exame de urina: para verificar
se há sangramento e infecção
• Raio X simples de abdômen: 90%
dos cálculos são diagnosticados com este exame
• Ulta-sonografia: está indicado
também para avaliação do tamanho do cálculo e sua localização
• Urografia excretora: é um exame
onde se injeta um líquido pela veia (contraste) e são obtidas imagens (chapas)
do rim e do ureter, permitindo a localização do cálculo e o grau de dilatação
do trato urinário.
• Tomografia de Abdome: É O EXAME
DE ESCOLHA.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com o
tamanho, composição e localização do cálculo, bem como possíveis complicações
associadas (como medicamentos tóxicos aos rins ou infecção urinária).
Os cálculos menores e não
complicados poderão ser expulsos espontaneamente na urina, sem necessitar de
nenhuma intervenção particular. Outros tipos de cálculos podem exigir uma
intervenção mais específica, como a Litotripsia e a Cirurgia.
A Litotripsia consiste num
procedimento no qual uma máquina gera ondas de choque de alta energia que
destroem os cálculos, sendo que os microcálculos resultantes são eliminados na
urina. A intervenção cirúrgica pode ser necessária para a retirada direta do
cálculo.
Além disso, para o controle da
dor, poderá: prescrição de analgésicos eanti-espasmódicos, omissão da ingesta
hídrica durante da dor, aplicar
calor no local – preferencialmente úmido, como um banho quente.
Prevenção e medidas gerais
Cada tipo de cálculo demanda uma
abordagem específica. Para evitar a formação de novos cálculos, pode-se
recorrer a tratamentos farmacológicos e não farmacológicos,preferindo sempre o tratamento não medicamentoso.
Em resumo, beber muita água e outros líquidos reduz em 61% o risco de voltar a
ter cálculo renal. Num estudo, as pessoas que foram orientadas a beber menos refrigerante tiveram uma
recorrência 17% menor de cólica renal, em comparação às que não receberam a
orientação. De qualquer forma, parece que dietas ricas em cálcio previnem novos
episódios de cólica renal. Em resumo, ter uma alimentação saudável, evitando
alimentos industrializados, reduz de forma significativa o risco do cálculo
renal voltar a se formar.
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