quarta-feira, 30 de maio de 2018

Medicina para leigos - Síndrome do Túnel do Carpo




A síndrome do túnel do carpo é uma doença causada pela compressão de um nervo que se localiza no canal do carpo, uma região que se localiza entre a mão e o antebraço. Qualquer situação que aumente a pressão nessa área repetidamente, como tocar instrumentos musicais e digitar, pode acarretar a essa doença.
Os principais sintomas dessa doença são formigamentos e dormências na região do punho que ocorrem, principalmente, pela noite. Esses sintomas dificultam ações simples dos pacientes como, por exemplo, segurar um copo.
Para diagnóstico, existem dois testes que nos indicam alta probabilidade: Teste de Phalen e teste de Tinel. No teste de Phalen o paciente deve dobrar o punho e permanecer com ele flexionado por um minuto, piorando os sintomas. No teste de Tinel, o médico percute o nervo que passa nessa região, gerando choque e formigamento. Em alguns casos de diagnóstico mais difícil, a eletroneumiografia pode ser solicitada.
O tratamento se baseia na administração de AINEs (anti-inflamatórios não esteroidais) e implantação de órtese para imobilizar o pulso.


KAROLCZAK, A. P. B. et al. Síndrome do Túnel do Carpo. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v.9, n.2, p. 117-122, dez. 2005.

Ligantes: Abner Machado e Fillipe Laignier.

segunda-feira, 28 de maio de 2018




ACHADOS DE  IMAGEM: SINAL DO “CUT-OFF”





Sinal do “cut-off” ou da “amputação” colônica pode estar presente em formas graves da pancreatite aguda. Consiste na distensão segmentar das porções do cólon transverso que se encontram mais próximas do pâncreas inflamado, associado a um espasmo do cólon descendente, que não apresenta gás na radiografia de abdome. A flexura esplênica e uma porção do transverso são os segmentos mais acometidos. O achado não permite confirmação diagnóstica, a investigação deve seguir com a dosagem de lipase e amilase e em casos de dúvida à TC de abdome.


Referência: CONDADO, D. A. S. A. Pancreatite Aguda: Estratificação de Risco. 2012


Acadêmicos: Débora Tana e André Iglesias

sexta-feira, 18 de maio de 2018



Sinais clínicos

SINAL DE TROISIER OU GÂNGLIO DE VIRCHOW



Adenomegalia unilateral na fossa supraclavicular esquerda pode ser um sinal de malignidades intra-abdominais (em geral do trato gastrointestinal, sendo o mais comum o câncer gástrico). Esse achado é conhecido como sinal de Troisier ou gânglio de Virchow.
Ao examinar essa região, posicione o paciente sentado, olhando para frente e peça a ele que realize a manobra de Valsalva, de modo a tornar as cadeias linfáticas mais superficiais e facilitar sua palpação.
O envolvimento de linfonodos regionais por células tumorais é bastante frequente em alguns carcinomas e em outros tumores. A extensão desse comprometimento constitui um dos elementos do estadiamento, e tem importância prognóstica. Os gânglios têm consistência endurecida, não são dolorosos, e são aderentes a planos profundos e a outros gânglios.



Vale lembrar que devemos nos atentar às seguintes características quando detectar um linfonodo:
1) tamanho; 2) consistência; 3) sensibilidade à dor; 4) adesão a outros linfonodos e aos planos corporais. Outras características válidas de serem descritas são a mobilidade do linfonodo e as condições da pele adjacente, como coloração, integridade e presença de secreção.


PORTO, C.C. Semiologia Médica. 7ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2014.

Acadêmicas: Leandra Amarante e Geovana Kloss

quarta-feira, 16 de maio de 2018



MEDICINA PARA LEIGOS: OLHO SECO


O olho seco é uma doença causada por diversos fatores, que afetam as lágrimas e a superfície ocular, diretamente ou indiretamente, levando a uma alteração do volume ou função da lágrima.

Alguns desses fatores de risco são a idade, principalmente, após os 40 anos, o sexo feminino devido a questões hormonais, o uso de cigarro, porque a fumaça irrita diretamente o olho, além da diabetes, estresse, uso de lentes de contato, e de medicamentos antidepressivos e antipsicóticos. Outro importante fator, e, que está causando um aumento dessa doença, é a leitura em telas eletrônicas por longo tempo, porque, normalmente, nós piscamos 25 vezes por minuto e quando estamos lendo, podemos chegar a piscar somente uma vez por minuto, o que favorece a evaporação da lágrima.
Então a pessoa que está sofrendo com essa doença, vai ter uma vermelhidão difusa no olho, uma sensação de corpo estranho, “areia nos olhos”, e queimação que pioram ao longo do dia, uma coceira nos olhos e sensibilidade à luz.

O tratamento, então, vai ter como objetivo reestabelecer a fisiologia normal da lágrima e da superfície ocular e vai variar de acordo com a gravidade da doença, mas a grande maioria das pessoas já irão se sentir bem melhor somente mudando de ambientes com pouca umidade como os com ar condicionado, substituindo as lentes de contato por óculos, diminuindo o tempo em frente às telas eletrônicas, fazendo a higiene dos olhos e, quando for necessário, usando colírios lubrificantes.

Referência: BOWLING, Bradi & KANSKI, Jack J. Oftalmologia Clínica: Uma abordagem sistêmica. Editora Elsevier, 8 edição. 2016

Acadêmicos: Fillipe Laignier e Abner Machado

segunda-feira, 14 de maio de 2018



Achados de imagem: sinal do cordão




O sinal do cordão é o aumento da densidade dos seios e das veias corticais ou profundas devido a um episódio de trombose venosa cerebral (TVC) e é um sinal direto de TVC, assim como o sinal do delta vazio.
A TVC é rara e com clínica variada, sendo mais comum em mulheres jovens, devido a uso de anticoncepcionais, gestação e puerpério. O diagnóstico pode ser feito pela TC de crânio, sendo a RNM o método de escolha e a angiografia o mais invasivo.

Referência: GONÇALVES, Fabrício Guimarães et al. Signs in neuroradiology: part 1. Radiologia Brasileira, v. 44, n. 2, p. 123-128, 2011.

Acadêmicos: André Iglesias e Débora Tana