quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

TUBERCULOSE

A tuberculose é uma doença infecciosa, ou seja, transmitida por um microrganismo, que pode ocorrer em vários locais do corpo, mas que em mais de 85% dos casos ocorre nos pulmões. Esse microrganismo é um tipo especial de bactéria, também conhecido como bacilo de Koch, em homenagem a Robertto Koch que identificou o Mycobacterium tuberculosis em 1882.
A tuberculose é uma doença de grande importância no Brasil, uma vez que nunca foi erradicada. Nos países industrializados como Estados Unidos, Inglaterra, Dinamarca, Holanda, Alemanha, entre outros, ela tinha praticamente acabado. No entanto, lá pelo início dos anos de 1980 houve um aumento, para números alarmantes, do número total de casos dessa doença. Além disso, em algumas regiões do mundo, houve um preocupante aumento de casos de tuberculose que não se consegue curar com os medicamentos habituais e que é chamada de tuberculose multi resistente.
O diagnóstico inicial ajuda muito no tratamento, por isso fique de olho ao aparecimento dos principais sinais e sintomas. Existem os sintomas gerais, que todos os pacientes com tuberculose tem em maior ou menor intensidade como febre (sobretudo a tardinha), perda do apetite, emagrecimento, cansaço crônico e desânimo. Podem ocorrer ainda os sintomas específicos, que dependem do local em que a pessoa tem a tuberculose. Uma vez que o local mais comumente acometido pela tuberculose são os pulmões, o sintoma específico mais comum é a tosse seca ou com catarro persistente.



Em 10 a 15% dos casos, a tuberculose acomete outro local do organismo que não o pulmão. É a chamada tuberculose extra-pulmonar. Os locais mais comumente atingidos depois dos pulmões são a pleura (que é uma membrana que reveste os pulmões) e os gânglios linfáticos (que quando inchados são conhecidos como “ínguas”). Podem ainda ocorrer tuberculose na meninge, nos ossos, nos rins, no intestino, enfim, em todos os órgãos.

O diagnóstico pode ser feito por qualquer médico, por isso se você suspeitar procure o seu clínico geral. 

Vamos explicar agora os principais exames utilizados para confirmar a suspeita: 

BACILOSCOPIA DO ESCARRO 
A baciloscopia direta do escarro é o método principal no diagnóstico e para o controle de tratamento da tuberculose pulmonar por permitir a descoberta das fontes de infecção, ou seja, os casos bacilíferos (pessoas que tem a tuberculose ativa e que são capazes de transmitir). Trata-se de um método simples, rápido, de baixo custo e seguro para elucidação diagnóstica da tuberculose, uma vez que permite a confirmação da presença do bacilo no escarro. 
A boa amostra de escarro é obtida após esforço da tosse (expectoração espontânea).
O exame de baciloscopia de escarro deve ser solicitado aos pacientes que apresentem: 
• Tosse por duas a três semanas (sintomático respiratório);
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, 
independentemente do tempo de tosse; 
• Suspeita clínica de TB em sítios extrapulmonares (materiais 
biológicos diversos).
Para a coleta do escarro é muito importantes seguir as orientações abaixo: 
- ao despertar pela manhã, lavar bem a boca, inspirar profundamente, prender a respiração por um instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir essa operação até obter três eliminações de escarro, evitando que esse escorra pela parede externa do pote. 
- o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a tampa para cima, cuidando para que permaneça nessa posição. 
- lavar as mãos. 

Procure o posto de saúde mais próximo, pois eles podem te ajudar nesse momento da coleta! 

RADIOLÓGICO 
A radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância na investigação da tuberculose.
Diferentes achados radiológicos apontam para suspeita de doença em atividade ou doença no passado, além do tipo e extensão do comprometimento pulmonar. 
Deve ser solicitada para todo o paciente com suspeita clínica de TB pulmonar. 

PROVA TUBERCULÍNICA (PT)
A prova tuberculínica consiste na inoculação intradérmica (na pele) de um derivado protéico do M. tuberculosis (partes da bactéria) para medir a resposta imune celular a estes antígenos. É utilizada, nas pessoas (adultos e crianças), para o ver se a pessoa está infectada pelo M. tuberculosis. Na criança também é muito importante como método coadjuvante para o diagnóstico da TB doença.

Com a confirmação do diagnóstico é muito importante que as pessoas que tiveram contato com o doente sejam examinadas e acompanhadas!
A tuberculose tem CURA e o tratamento usual é feito com é feito com 4 drogas na fase de ataque (2 meses)do tratamento com isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol. Na fase de manutenção (quatro meses subseqüentes) utilizam-se rifampicina e isoniazida. Este tratamento dura 6 meses e leva à cura da doença, desde que haja boa adesão ao tratamento com uso diário da medicação. O tratamento deve ser diretamente observado (TODO) , isso significa que um profissional da equipe da unidade de saúde observa a tomada da medicação do paciente desde o início do tratamento até a sua cura. Esta estratégia, também, oferece maior acolhimento ao doente, melhor adesão com aumento da cura e redução de abandono ao tratamento.Todo paciente com Tuberculose deve receber este tipo de tratamento.
Ligantes Felipe e Sabrina
Referências Bibliográficas: 

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