terça-feira, 20 de dezembro de 2016

VERTIGEM E LABIRINTITE
Você sabe o que são vertigem e labirintite? São sinônimos? São coisas diferentes? A LACliM vai tirar as suas dúvidas e ainda vai te dar alternativas de tratamento.
Primeiramente, vertigem é uma tonteira rotatória, ou seja, é um sintoma que pode estar presente em várias doenças. A labirintite é uma dessas doenças, trata-se de um processo agudo, que geralmente ocorre após uma infecção respiratória e além de vertigem também causa náuseas, vômitos e instabilidade de marcha sem perda auditiva. 
O tratamento pode ser feito com glicocorticoides, anti-heméticos, bloqueadores dos canais de cálcio e manobras vestibulares. As medicações são amplamente utilizadas, principalmente por idosos, pois são facilmente adquiridas em farmácias. Os bloqueadores de canais de cálcio, como a Cinarizina e Flunarizina são os mais utilizados, mas o que poucos sabem é que seu uso prolongado pode induzir parkinsonismo e depressão, e por isso é fundamental acompanhamento médico. As manobras vestibulares, por sua vez, não são muito conhecidas, mas possuem índices de cura próximos a 100%, principalmente quando realizadas várias vezes. Consitem na realização de determinados movimentos com a cabeça que alteram o líquido presente dentro dos nossos ouvidos para poder corrigir a causa das tonturas, pois nosso ouvido é o centro do equilíbrio do nosso corpo
Outra doença em que a vertigem é o principal sintoma é a Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), que, como sugere o nome, causa episódios de vertigem que dependem da posição. Ela acontece devido a liberação de cristais de carbonato de cálcio no líquido do nosso ouvido, o que causa um desbalanço em relação ao ouvido contralateral, provocando a sensação de vertigem. Muitos médicos tratam essa doença com medicamentos, mas o tratamento mais eficiente é também realizado com manobras vestibulares. 

As manobras utilizadas no tratamento das doenças citadas nesse texto são: Manobra de Dix-Hallpaike, Manobra de Epley, Manobra de Semont e Manobra de Brandt-Daroft. Clique nos links para ver como essas manobras são realizadas detalhadamente, mas, antes de realizá-las, consulte seu médico para saber qual delas é a mais indicada e adequada para você
Ligantes André e Lilia
LINKS:

Manobra de Dix-Hallpaike: https://www.youtube.com/watch?v=P2Jdb8h9MHo

Manobra de Epley: https://www.youtube.com/watch?v=IJT6jnuQSEE

Manobra de Semont: https://www.youtube.com/watch?v=H0OrY44mL_E

Manobra de Brandt-Daroft: https://www.youtube.com/watch?v=laRHBIN-tgY

Leituras Recomendadas: http://www.scielo.br/pdf/anp/v59n2B/a31v592b
http://www.ufjf.br/nates/files/2009/12/062-073.pdf







quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

TUBERCULOSE

A tuberculose é uma doença infecciosa, ou seja, transmitida por um microrganismo, que pode ocorrer em vários locais do corpo, mas que em mais de 85% dos casos ocorre nos pulmões. Esse microrganismo é um tipo especial de bactéria, também conhecido como bacilo de Koch, em homenagem a Robertto Koch que identificou o Mycobacterium tuberculosis em 1882.
A tuberculose é uma doença de grande importância no Brasil, uma vez que nunca foi erradicada. Nos países industrializados como Estados Unidos, Inglaterra, Dinamarca, Holanda, Alemanha, entre outros, ela tinha praticamente acabado. No entanto, lá pelo início dos anos de 1980 houve um aumento, para números alarmantes, do número total de casos dessa doença. Além disso, em algumas regiões do mundo, houve um preocupante aumento de casos de tuberculose que não se consegue curar com os medicamentos habituais e que é chamada de tuberculose multi resistente.
O diagnóstico inicial ajuda muito no tratamento, por isso fique de olho ao aparecimento dos principais sinais e sintomas. Existem os sintomas gerais, que todos os pacientes com tuberculose tem em maior ou menor intensidade como febre (sobretudo a tardinha), perda do apetite, emagrecimento, cansaço crônico e desânimo. Podem ocorrer ainda os sintomas específicos, que dependem do local em que a pessoa tem a tuberculose. Uma vez que o local mais comumente acometido pela tuberculose são os pulmões, o sintoma específico mais comum é a tosse seca ou com catarro persistente.



Em 10 a 15% dos casos, a tuberculose acomete outro local do organismo que não o pulmão. É a chamada tuberculose extra-pulmonar. Os locais mais comumente atingidos depois dos pulmões são a pleura (que é uma membrana que reveste os pulmões) e os gânglios linfáticos (que quando inchados são conhecidos como “ínguas”). Podem ainda ocorrer tuberculose na meninge, nos ossos, nos rins, no intestino, enfim, em todos os órgãos.

O diagnóstico pode ser feito por qualquer médico, por isso se você suspeitar procure o seu clínico geral. 

Vamos explicar agora os principais exames utilizados para confirmar a suspeita: 

BACILOSCOPIA DO ESCARRO 
A baciloscopia direta do escarro é o método principal no diagnóstico e para o controle de tratamento da tuberculose pulmonar por permitir a descoberta das fontes de infecção, ou seja, os casos bacilíferos (pessoas que tem a tuberculose ativa e que são capazes de transmitir). Trata-se de um método simples, rápido, de baixo custo e seguro para elucidação diagnóstica da tuberculose, uma vez que permite a confirmação da presença do bacilo no escarro. 
A boa amostra de escarro é obtida após esforço da tosse (expectoração espontânea).
O exame de baciloscopia de escarro deve ser solicitado aos pacientes que apresentem: 
• Tosse por duas a três semanas (sintomático respiratório);
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, 
independentemente do tempo de tosse; 
• Suspeita clínica de TB em sítios extrapulmonares (materiais 
biológicos diversos).
Para a coleta do escarro é muito importantes seguir as orientações abaixo: 
- ao despertar pela manhã, lavar bem a boca, inspirar profundamente, prender a respiração por um instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir essa operação até obter três eliminações de escarro, evitando que esse escorra pela parede externa do pote. 
- o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a tampa para cima, cuidando para que permaneça nessa posição. 
- lavar as mãos. 

Procure o posto de saúde mais próximo, pois eles podem te ajudar nesse momento da coleta! 

RADIOLÓGICO 
A radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância na investigação da tuberculose.
Diferentes achados radiológicos apontam para suspeita de doença em atividade ou doença no passado, além do tipo e extensão do comprometimento pulmonar. 
Deve ser solicitada para todo o paciente com suspeita clínica de TB pulmonar. 

PROVA TUBERCULÍNICA (PT)
A prova tuberculínica consiste na inoculação intradérmica (na pele) de um derivado protéico do M. tuberculosis (partes da bactéria) para medir a resposta imune celular a estes antígenos. É utilizada, nas pessoas (adultos e crianças), para o ver se a pessoa está infectada pelo M. tuberculosis. Na criança também é muito importante como método coadjuvante para o diagnóstico da TB doença.

Com a confirmação do diagnóstico é muito importante que as pessoas que tiveram contato com o doente sejam examinadas e acompanhadas!
A tuberculose tem CURA e o tratamento usual é feito com é feito com 4 drogas na fase de ataque (2 meses)do tratamento com isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol. Na fase de manutenção (quatro meses subseqüentes) utilizam-se rifampicina e isoniazida. Este tratamento dura 6 meses e leva à cura da doença, desde que haja boa adesão ao tratamento com uso diário da medicação. O tratamento deve ser diretamente observado (TODO) , isso significa que um profissional da equipe da unidade de saúde observa a tomada da medicação do paciente desde o início do tratamento até a sua cura. Esta estratégia, também, oferece maior acolhimento ao doente, melhor adesão com aumento da cura e redução de abandono ao tratamento.Todo paciente com Tuberculose deve receber este tipo de tratamento.
Ligantes Felipe e Sabrina
Referências Bibliográficas: 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

 ANEMIA FALCIFORME




Anemia falciforme é uma doença hereditária causada por uma alteração na hemoglobina – proteína presente nas hemácias – em que há substituição do aminoácido ácido glutâmico por valina, caracterizando a chamada hemoglobina S. Essa mudança genética causa uma alteração nas hemácias (glóbulos vermelhos) tornando-as parecidas com uma foice, daí o nome falciforme. 
Devido esse processo de falcilização, a hemácia não conseguirá desempenhar a sua função de oxigenação e desoxigenação, além de possuir um tempo de vida menor (em média de 10 a 20 dias na circulação, enquanto a hemácia normal dura aproximadamente 120 dias), gerando várias repercussões no organismo. Dentre elas podemos citar: anemia hemolítica, lesões nos tecidos, crises aplásicas, crises dolorosas, úlcera de perna, infecção, inflamação, crise vaso oclusiva, sequestro esplênico, acidente vascular cerebral, hipertensão pulmonar e priapismo.
A expressão clínica da hemoglobina S é muito variável, com alguns pacientes tendo vida quase normal, sem crises, enquanto outros sofrem crises graves desde os primeiros meses de vida, podendo morrer no início da infância ou quando adultos jovens.
A detecção da alteração é feita através do exame eletroforese de hemoglobina. O teste do pezinho, realizado na triagem neonatal proporciona a detecção precoce de hemoglobinopatias, como a anemia falciforme, e assim um cuidado precoce deve ser realizado visando a prevenção de complicações da doença. 
A doença não possui cura, mas tratamentos profiláticos para minimizar as apresentações clínicas são fundamentais para garantir uma melhor qualidade de vida. Incluem evitar desidratação, anoxia, infecções, estase da circulação, resfriamento da pele, tratamento com imunização, ácido fólico e penicilina. As drogas indicadas são paracetamol, antiinflamatório não hormonal, opiáceos, hidroxiuréia e transfusão de sangue.





SE LIGA!!

Anemia falciforme x Traço falciforme!

A doença é caracterizada por uma herança genética autossômica recessiva. Isso significa que para ter a doença a pessoa necessita receber um gene de hemoglobina S do pai e da mãe.
O Traço Falciforme significa que a pessoa herdou de um dos pais o gene para hemoglobina A (que é a normal) e do outro, o gene para hemoglobina S, ou seja, ela é AS. As pessoas com Traço Falciforme são saudáveis e nunca desenvolvem a doença. No entanto, podem gerar filhos com doença falciforme se o outro genitor (pai ou mãe) tiver um gene alterado também.

Ligantes Hemanuelly e Pamela

Leitura Sugerida:
Protocolo de Atenção à Saúde Anemia Falciforme:
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/files.doevento=download&urlArqPlc=protocolo_anemia_falciforme_CP.pdf

Referências Bibliográficas:
CANCADO, Rodolfo D. et al. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para uso de hidroxiureia na doença falciforme. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [online]. 2009, vol.31, n.5, pp.361-366.
ZAGO M.A, PINTO A.C.S. Fisiopatologia das doenças falciformes: da mutação genética à insuficiência de múltiplos órgãos, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v29n3/v29n3a03> Acesso em: 18 mai. de 2015.