FEBRE AMARELA
A
Febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus do
tipo arbovírus e transmitida por um
mosquito, tanto em áreas urbanas, quanto silvestres. Reveste-se da maior
importância epidemiológica, por sua gravidade clínica e elevado potencial de
disseminação em áreas urbanas.
Na
febre amarela silvestre, os primatas não humanos (macacos) são os
principais hospedeiros do vírus da febre amarela e a transmissão ocorre a
partir de vetores silvestres, onde o homem participa como um hospedeiro
acidental. Já na febre amarela urbana, o homem é o único hospedeiro
com importância epidemiológica e a transmissão se dá a partir de vetores
urbanos infectados, onde o principal vetor é o Aedes aegypti, nosso velho
conhecido da dengue, zika vírus e chikungunya. Combatendo o Aedes aegypti, podemos evitar quatro doenças que estão
em “alta” (febre amarela, dengue, zika e chikungunya). Se você esqueceu
como eliminar o Aedes aegypti, é só dá uma olhadinha no final que temos uma
imagem para ajudá-lo lembrar.
No Brasil, a partir do desaparecimento da forma
urbana em 1942, só há ocorrência de casos silvestres. Os focos endêmicos até
1999 estavam situados nos estados das regiões Norte, Centro-oeste e área
pré-amazônica do Maranhão, além de registros esporádicos na parte oeste de
Minas Gerais.
A
maior frequência da doença ocorre nos meses de janeiro a abril, período que
apresenta maior índice pluviométrico. É quando a densidade vetorial se torna
elevada, coincidindo, assim, com a época de maior atividade agrícola.
Cita-se
como potenciais fatores de risco para reurbanização da febre amarela no Brasil:
• áreas urbanas
infestadas por Aedes aegypti próximas de áreas de risco para febre amarela
silvestre;
• intenso processo
migratório rural-urbano, levando à possibilidade de importação do vírus
amarílico dos ambientes silvestres para os urbanos.
A
transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores
infectados. Portanto, não há transmissão de pessoa a pessoa.
A pessoa, após picada, começa a desenvolver a
doença em um período variável de 3 a 6 dias. Nas zonas endêmicas, são comuns as
infecções leves e inaparentes.
Imunidade
– os anticorpos
protetores aparecem entre o 7º e 10º dia após a aplicação, razão pela qual
a imunização deve ocorrer 10 dias antes de se ingressar em área de
transmissão.
Uma só dose confere imunidade por um período mínimo de 10 anos, o que faz
necessária dose de reforço a cada 10 anos.
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Sobre
os Eventos adversos: embora seja uma vacina segura, eventos adversos
associados temporalmente à vacina contra FA podem ocorrer, sendo as
manifestações mais comuns: dor local, mal-estar, cefaleia, dores musculares e
febre baixa, o que ocorre em 2% a 5% dos vacinados, por volta do 5° ao 10º dia.
Essas reações duram cerca de 1 a 2 dias.
Geralmente,
quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito
fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta,
calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos durante,
aproximadamente, três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma
aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem
ocorrer insuficiências do fígado e dos rins, icterícia (olhos e pele
amarelados), manifestações hemorrágicas (sangramentos em nariz, ouvido,
gengivas, dentro outros), cansaço intenso, podendo até levar a morte em 50% dos
pacientes. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização
permanente contra a febre amarela.
Não existe tratamento específico, e sim, apenas controle
dos sintomas! O paciente deve receber
cuidadosa assistência que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com
reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas
graves, o paciente deve ser atendido em uma unidade de terapia intensiva, o que
reduz as complicações e a possibilidade de morte.
Ligantes Camila Chagas e Kaique Ademir.
TODAS INFORMAÇÕES FORAM RETIRADAS DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
REFERENCIAL:
Guia de vigilância
epidemiológica / Ministério da Saúde, secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7. ed. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2009.
http://www.saude.mg.gov.br/febreamarela
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