A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum.Uma doença infectocontagiosa crônica que convive com a humanidade há bons séculos, sendo bem notório sua presença no século XV associada aos sonhos expansionistas europeus.
Pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada através da penetração da bactéria em microscópicas feriadas ou abrasões na mucosa da vagina ou pênis.A transmissão congênitaé aquela adquirida pelo feto quando a mãe se encontra contaminada pelo Treponema pallidum durante a gestação. A sífilis na grávida pode causar aborto, parto prematuro, má formações e morte fetal.
Outras formas de transmissão mais raras são por via indireta(objetos contaminados, tatuagem) e por transfusãosanguínea.
Em relação a propagação e possíveis sinais/sintomas a sífilis se divide em: primária, secundária, terciária e latente assintomática.Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.
Na sífilis primária apresenta-se uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio.Não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.Nas mulheres esta lesão pode passar despercebida, uma vez que é pequena (em média 1 cm de diâmetro), indolor e costuma ficar escondida entre os pelos pubianos ou dentro da vagina.
Na sífilis secundária os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento da ferida inicial e após a cicatrização espontânea.Surgem manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés. Não coçam, mas podem surgir ínguas no corpo.A sintomatologia geral é discreta e incaracterística: mal-estar, astenia, anorexia, febre baixa, cefaléia, meningismo, artralgias, mialgias, periostite, faringite, rouquidão, hepatoesplenomegalia, síndrome nefrótica, glomerulonefrite, neurite do auditivo, iridociclite.
Já a Sífilis terciária pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
A fase latente não há sintomas, mas os testes laboratoriais para sífilis são positivos. A fase latente é dividida em latente precoce, quando a contaminação pelo Treponema pallidum ocorreu há menos de 1 ano, ou latente tardia, nos casos de infecção há mais de um ano.
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução para o diagnóstico da doença.É um teste de uso único para detecção de anticorpos específicos para Treponema pallidum. Pode ser realizado com amostra de sangue total, soro ou plasma. Além desse teste podem ser feitos outros exames de sorologia como: VDRL, RPR, FTA-abs, MHA-Tp, ELISA.
O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, sendo necessário procurar um profissional de saúde para diagnóstico e tratamento adequado, dependendo de cada estágio.
O uso correto e regular da camisinha masculina ou feminina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento da gestante durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.
Curiosidade:
Mercúrio, arsênico, bismuto e iodetos foraminicialmente usados na tentativa de tratar a sífilis, masmostraram baixa eficácia, toxidade e dificuldadesoperacionais. Também mostraram pouca eficácia tratamentosque, inspirados na pouca resistência do T.Palllidumao calor, preconizavam o aumento da temperaturacorporal por meios físicos como banhosquentes de vapor ou com a inoculação de plasmódiosna circulação (malarioterapia).
O melhor remédio para sífilis é a prevenção. Caso você tenha sífilis nada de mercúrio ou banhos quentes, o tratamento é simples com a penicilina!
Referências e leitura complementar:
Referências e leitura complementar:
Avelleira JCR, Bottino G. Sífilis: Diagnóstico, tratamento e controleAnBrasDermatol. 2006;81(2):111-26.
· http://www.aids.gov.br/pagina/sifilis consultado 12/06/2016
· http://www.aids.gov.br/pagina/sifilis consultado 12/06/2016
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