sexta-feira, 29 de junho de 2018



Sinais clínicos - Pé cavo



Artelhos em cabeça de martelo e pé cavo são sinais que nos chamam atenção para uma neuropatia periférica:  A doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT) que é uma polineuropatia motora e sensitiva de caráter hereditário, caracterizada por fraqueza muscular, amiotrofia progressiva de início nos pés e, após, nas mãos e nos antebraços, de evolução lenta, e em membros inferiores pode-se observar as pernas em "garrafa de champanhe invertida", arreflexia profunda, hipoestesia, hipertrofia de nervos, deformidades ósseas, como artelhos em cabeça de martelo, pé cavo, escolioses.

quarta-feira, 27 de junho de 2018



Medicina para leigos - TEP





A Embolia pulmonar, também conhecida por “infarto pulmonar” e “tromboembolismo pulmonar” (TEP). Caracteriza-se por um quadro grave, que tem início quando um trombo (coágulo ou êmbolos) localizado em uma das veias das pernas ou da pelve se solta, ou seja, os vasos do pulmão (artérias) são bloqueados.
Então, ele viaja pelo organismo, alojando-se em uma das artérias do pulmão, e obstrui o fluxo de sangue. Conforme o tamanho do trombo, a embolia pulmonar pode levar o paciente à morte súbita, pois interrompem a circulação pulmonar. Esses bloqueios podem ocorrer por pedaços de gordura, fragmentos de ossos ou bolhas de ar. Geralmente, os coágulos tem origem dos membros inferiores (90% dos casos) e a embolia pulmonar é então reconhecida como uma complicação da trombose.
Os principais sintomas são falta de ar, taquicardia, dor no peito, sudorese, tontura e pulsos finos. A doença tem cura quando o diagnóstico é feito precocemente e o tratamento for seguido à risca. O tratamento é indicado para evitar a formação de coágulos e também dissolver os que já existem. Pode ser tanto medicamentoso quanto com intervenção cirúrgica.
Quando não tratada, as complicações que podem surgir para o paciente de embolia pulmonar são: pneumonia, o insuficiência respiratória e morte.
É importante entender que ao ocorrer uma embolia pulmonar, a circulação subitamente é interrompida em uma parcela do pulmão. Isto faz com que a resistência da circulação do sangue aumente e a área de funcionamento normal do pulmão diminua.
Para prevenir-se de embolia pulmonar recomenda-se atividades físicas, redução da quantidade de sal ingerida, aumento da quantidade de água ingerida, controle da pressão arterial e cessação do tabagismo.

Referência:
Volpe, Gustavo, et al. Tromboembolismo pulmonar. Condutas de enfermaria em clínica médica de hospitais de média complexidade. São Paulo, V, 43, 258-71, 2010.
Acadêmicos: Abner da Silva Machado e Filipe Lagnier

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Achados de imagem - Íleo com aspecto de “pedras de calçamento” e  sinal da corda



A alteração pode ser encontrada em uma doença inflamatória intestinal idiopática: Doença de Cronh. O Cronh possui como sítio mais acometido a região ileocecal. Dentre suas características tem-se o acometimento de qualquer segmento do trato gastrointestinal, transmural  e descontínuo (“salteado”). Nos segmentos afetados podem ser identificadas múltiplas úlceras lineares coalescentes que levam ao padrão de “pedras de calçamento” (cobblestone pattem), alteração que pode ser observada em endoscopia, exames radiográficos baritados, como na imagem apresentada, ou enterografia por TC ou RNM.
O sinal da corda em axame de enema opaca é justificado pela fibrose que leva à estenose da alça intestinal.

Referência: JUNIOR, S. C. R.; ERRANTE, P. R. Doença de Crohn, diagnóstico e tratamento. Atas de Ciências da Saúde, v.4, n°.4, pág. 31-50, São Paulo, 2016.

Acadêmicos: Débora Tana e André Iglesias

sexta-feira, 15 de junho de 2018


Sinais clínicos - Sinal de Chvostek e de Trousseau


O sinal de Chvostek é caracterizado por espasmos dos músculos periorais em resposta à percussão suave do nervo facial um pouco à frente do pavilhão auricular. Já o sinal de Trousseau ocorre quando faz-se a insuflação do manguito de pressão arterial até 20 mmHg acima da pressão arterial sistólica do paciente por 3 minutos, e observa-se o espasmo do carpo.
Ambos os sinais estão presentes no paciente com hipocalcemia moderada a grave, embora o sinal de Chvostek possa ocorrer em até 10% dos indivíduos normais. A síntese comprometida de PTH e o comprometimento da produção de vitamina D constituem as etiologias mais comuns. Também pode ocorrer em casos de queimaduras, rabdomiólise, lise tumoral ou pancreatite. Nessas situações, a causa da hipocalcemia pode incluir uma combinação de baixos níveis de albumina, hiperfosfatemia, depósito tecidual de cálcio e secreção reduzida de PTH.

Referência:
Kasper, Dennis L. et al. Manual de Medicina de Harrison. McGraw Hill Brasil, 2017.

Ligantes: Geovana Kloss e Leandra Amarante

terça-feira, 12 de junho de 2018


Medicina para leigos - teste do reflexo vermelho (olhinho)



A visão é um órgão do sentido, que possui um sistema altamente complexo a fim de permitir o completo desenvolvimento neuropsicomotor do indivíduo e, principalmente, sua interação com o meio. Então uma baixa capacidade visual já na infância, implicaria na perda importante de aquisição das funções motoras, na linguagem e interação social.



Outro importante ponto é que após os primeiros 8, 9 anos de uma criança, uma doença que era reversível e tratável, e que está afetando a visão, pode provocar uma baixa acuidade visual para sempre. Isso acontece porque até essa idade a visão ainda está em desenvolvimento, então, após esse processo, se a criança possuía algum comprometimento que afetava a visão, o cérebro entende que não se enxerga daquele olho, gerando uma alteração permanente, o que é chamado de ambliopia.
Para isso, faz se necessário um rastreio, uma pesquisa nas crianças por alguma alteração, muitas vezes congênita, e com esse intuito existe o teste do olhinho. Esse teste pode ser feito por outros profissionais da saúde e usa uma fonte de luz vinda de um aparelho chamado oftalmoscópio direto, posicionado a uma distância de aproximadamente 30 cm de cada olho. Então, é possível visualizar o reflexo da luz incidida no olho da criança, o qual, normalmente, é vermelho devido a densidade de vasos sanguíneos na retina. Lembrando que a luz usada no aparelho tem baixa intensidade e não provoca nenhum dano para a criança.
Esse reflexo estará preservado quando as estruturas pela a luz passa estiverem com sua transparência natural, são elas: a córnea, o cristalino e o humor vítreo. Quando essa transparência não está normal, o reflexo deixa de ser vermelho para uma cor branca, chamada de leucocoria. Essa alteração pode estar presente na catarata congênita, retinoblastoma, toxocaríase, Doença de Coats, persistência do vítreo primário hiperplásico e retinopatia da prematuridade com descolamento de retina. Então no caso de alteração do reflexo, deve ser feita uma avaliação com o oftalmologista para que o mesmo faça o diagnóstico da doença responsável por essa alteração, por meio da clínica e análise do fundo de olho da criança.


Acadêmicos: Fillipe Laignier e Abner Machado


Referência:

BOWLING, Bradi & KANSKI, Jack J. Oftalmologia Clínica: Uma abordagem sistêmica. Editora Elsevier, 8 edição. 2016

segunda-feira, 11 de junho de 2018


Sinais de imagem – sinal do pão da páscoa ou da cruz


O sinal do pão da páscoa ou da cruz é um sinal radiográfico presente em imagens de ressonância magnética na atrofia de múltiplos sistemas do tipo C. Ele consiste em um hipersinal cruciforme localizado na ponte em T2. Essa alteração ocorre pela atrofia seletiva de neurônios das fibras tranversas pontocerebelares que passam pela ponte e pela preservação do tegmento pontino.

Referência:

BARRA, Filipe Ramos et al . Sinais em neurorradiologia: parte 2. Radiol Bras, São Paulo , v. 44, n. 2, p. 129-133, Apr. 2011 .

Acadêmicos: André Iglesias e Débora Tana

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Sinais clínicos – anéis de Kaiser-Fleischer



Os anéis de Kayser-Fleischer (K-F) são alterações pigmentadas caracterizando-se pela deposição de granulações de cobre de tamanhos e formas variadas na córnea e predominam na periferia, tendo coloração marrom-dourada, marrom-esverdeada, amarelo-esverdeada, amarelo-dourada ou bronze da membrana de Descemet.
Estão associados à doença de Wilson, caracterizada por distúrbio metabólico com acúmulo de cobre nos tecidos humanos, sendo a manifestação oftalmológica mais comum da mesma e se correlacionam diretamente ao tempo de evolução desta doença.
A presença de anéis pigmentados na córnea nem sempre é diagnóstico de anéis de K-F, devendo ser diferenciados de outras alterações, como doenças hepato-biliares que podem ocasionar acúmulo de cobre, além de corpos estranhos intraoculares contendo cobre e mieloma múltiplo. 

Referência:
MOREIRA, D. M., et al. Anéis de Kayser-Fleischer. Arq Bras Oftalmol., Porto Alegre, n. 64, p. 589-93, 2001.


Ligantes: Leandra Amarante e Geovana Kloss