quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

FEBRE AMARELA 



A Febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus do tipo arbovírus e transmitida por um mosquito, tanto em áreas urbanas, quanto silvestres. Reveste-se da maior importância epidemiológica, por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas.
Na febre amarela silvestre, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros do vírus da febre amarela e a transmissão ocorre a partir de vetores silvestres, onde o homem participa como um hospedeiro acidental. Já na febre amarela urbana, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão se dá a partir de vetores urbanos infectados, onde o principal vetor é o Aedes aegypti, nosso velho conhecido da dengue, zika vírus e chikungunya. Combatendo o Aedes aegypti, podemos evitar quatro doenças que estão em “alta” (febre amarela, dengue, zika e chikungunya). Se você esqueceu como eliminar o Aedes aegypti, é só dá uma olhadinha no final que temos uma imagem para ajudá-lo lembrar.
No Brasil, a partir do desaparecimento da forma urbana em 1942, só há ocorrência de casos silvestres. Os focos endêmicos até 1999 estavam situados nos estados das regiões Norte, Centro-oeste e área pré-amazônica do Maranhão, além de registros esporádicos na parte oeste de Minas Gerais.



A maior frequência da doença ocorre nos meses de janeiro a abril, período que apresenta maior índice pluviométrico. É quando a densidade vetorial se torna elevada, coincidindo, assim, com a época de maior atividade agrícola.
Cita-se como potenciais fatores de risco para reurbanização da febre amarela no Brasil:
• áreas urbanas infestadas por Aedes aegypti próximas de áreas de risco para febre amarela silvestre;
• intenso processo migratório rural-urbano, levando à possibilidade de importação do vírus amarílico dos ambientes silvestres para os urbanos.
A transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores infectados. Portanto, não há transmissão de pessoa a pessoa.
A pessoa, após picada, começa a desenvolver a doença em um período variável de 3 a 6 dias. Nas zonas endêmicas, são comuns as infecções leves e inaparentes.

Imunidade os anticorpos protetores aparecem entre o 7º e 10º dia após a aplicação, razão pela qual a imunização deve ocorrer 10 dias antes de se ingressar em área de transmissão. Uma só dose confere imunidade por um período mínimo de 10 anos, o que faz necessária dose de reforço a cada 10 anos.
A infecção confere, possivelmente, imunidade durante toda a vida. Além disso, os filhos de mães imunes podem apresentar imunidade passiva e transitória durante 6 meses. Assim, a OMS recomenda dose única da vacina para adultos. Porém, o Ministério de saúde do Brasil preconiza, atualmente, um único reforço após 10 anos da primeira dose para adultos. Assim, a vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença.


Sobre os Eventos adversos: embora seja uma vacina segura, eventos adversos associados temporalmente à vacina contra FA podem ocorrer, sendo as manifestações mais comuns: dor local, mal-estar, cefaleia, dores musculares e febre baixa, o que ocorre em 2% a 5% dos vacinados, por volta do 5° ao 10º dia. Essas reações duram cerca de 1 a 2 dias.



Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos durante, aproximadamente, três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências do fígado e dos rins, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas (sangramentos em nariz, ouvido, gengivas, dentro outros), cansaço intenso, podendo até levar a morte em 50% dos pacientes. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.



Não existe tratamento específico, e sim, apenas controle dos sintomas! O paciente deve receber cuidadosa assistência que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em uma unidade de terapia intensiva, o que reduz as complicações e a possibilidade de morte.




Ligantes Camila Chagas e Kaique Ademir. 

TODAS INFORMAÇÕES FORAM RETIRADAS DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
REFERENCIAL:

  Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009.
  http://www.saude.mg.gov.br/febreamarela



quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

DOENÇA DO BEIJO (Mononucleose infecciosa)

A mononucleose infeciosa também conhecida popularmente como Doença do Beijo trata-se de uma síndrome clínica causada principalmente pelo vírus Epstein-Barr que geralmente manifesta-se por febre, linfonodos aumentados (ínguas) e faringoamigdalite mas podem ocorrer outros sintomas como fadiga e mal-estar, dor de cabeça, dor abdominal, náuseas e vômitos entre outros.
Essa infecção pelo vírus pode ser assintomática em alguns indivíduos, não ocorrendo assim sinais clínicos e queixas ou pode ser sintomática. Estudos mostram que mais de 90% dos adultos são portadores do vírus que é adquirido por situações que envolvam troca de saliva ou secreções da orofaringe, “daí o nome doença do beijo”.



Percebe-se que a probabilidade de alguém infectado primariamente manifestar a doença guarda relação com a idade do indivíduo, dessa forma temos que em lactentes e crianças jovens a infecção geralmente é assintomática ou pelo menos tem sintomas inespecíficos. Já em adolescentes e adultos jovens a síndrome costuma manifestar-se mais comumente.
A nível de diagnóstico deve-se lembrar que outros agentes podem causar sinais e sintomas semelhantes a mononucleose causada pelo Epstein-Barr, situações como: infecção pelo herpes vírus 6 humano, infeção pelo citomegalovírus, toxoplasmose e infecção aguda por HIV.
Em relação ao tratamento da síndrome de mononucleose associada ao Epstein- Barrutilizasse medicação de suporte como paracetamol e anti-inflamatórios não asteroidais para amenizar a febre e a dor de garganta, atentando-se tambem para a ingestão adequada de líquidos pelo doente.

Ligantes Caio Sena e Renata Germini

DynaMed [Internet]. Ipswich (MA): EBSCO Information Services. 1995 -. Registo No. 114.945, Epstein-Barr vírus infecciosos associados a mononucleose ; [atualizado 2016 09 de dezembro]Disponível em http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=dnh&AN=114945&site=dynamed-live&scope=site. 

CARVALHO, L. H. Mononucleose infecciosa. J Pediatr (Rio J), v. 75, n. Supl 1, p. s115-s25, 1999.