terça-feira, 19 de julho de 2016

Hoje vamos falar de um tema delicado, mas de extrema importância para a saúde pública: DSTs e corrimento vaginal


Você sabe o que são DSTs?

DSTs ( Doenças sexualmente transmissíveis) são um grupo de doenças que podem ser transmitidas durante o ato sexual, seja por contato cutâneo direto, seja por secreções vaginais ou pelo sêmem. Devido a essa forma de transmissão elas são tema relevante de saúde pública, pois tem uma fácil disseminação, que é, entretanto, facilmente interrompida com cuidados sexuais durante o ato, como, por exemplo, o uso de preservativos (a famosa camisinha).

Quais são as principais DSTs?

As principais e mais famosas DSTs são a AIDS (transmitida pelo HIV), a sífilis, a gonorréia, a tricomoníase,entre outras, sendo que muitas dessas doenças podem alterar o corrimento vaginal.

Você sabe o que é corrimento vaginal?

Corrimento vaginal é uma secreção normalmente secretada na vagina da mulher (pelas glândulas de Bartholin e pelo colo do útero) com a função de lubrificar o canal vaginal. O corrimento normal é um líquido mucoso transparente ou branco podendo ser homogêneo ou grumoso, pois isso dependerá da fase do ciclo menstrual em que a mulher estará. Dependendo da mulher e da fase do ciclo menstrual, a quantidade de corrimento pode ser maior ou menor, e ele, geralmente, é inodoro ou tem pouco odor.

A alteração do corrimento vaginal é um grande sinal de que possa estar ocorrendo um processo patológico no canal vaginal da mulher, decorrente de uma infecção ou de um desequilíbrio dos microorganismos que já estão presentes no canal vaginal.

Como esse corrimento pode se alterar e quais doenças ele pode sugerir?

O corrimento pode-se alterar de diversas formas, o que pode sugerir diversas doenças, podendo ser DST ou não.Listaremos as três principais:
Corrimento aumentado, cinza ou branco, fino, com odor fétido de peixe sentido principalmente após o ato sexual, com pequenas bolhas e grudado na parede da vagina, mas saindo com facilidade pode ser sinal de VAGINOSE BACTERIANA, que não é uma DST.
Corrimento espumoso, profuso e amarelo-esverdeado além de eritema (vermelhidão, rubor) vaginal sugere: TRICOMONÍASE
Corrimento em pequena quantidade, aspecto de leite “talhado”, aparência de espesso a aquoso, de cor branca a amarelado e ausência de odores, além de prurido vaginal, dispareunia (dor durante o ato sexual), irritação vaginal e disúria (incômodo ao urinar) fala a favor de: CANDIDÍASE. A candidíase não é considerada uma doença sexualmente transmissível, no entanto pode ser transmitida através de relações sexuais.
É importante lembrar que o diagnóstico não se baseia apenas na alteração do corrimento, que é apenas um fator diagnóstico, pois pH vaginal, alterações vaginais, análise microbiológica do corrimento também são fatores importantes no processo de diagnóstico dessas doenças.


O que fazer se perceber uma alteração de corrimento vaginal?

Procure o médico clínico geral ou ginecologista o mais rápido possível e não use medicação sem prescrição médica! Se tiver relações sexuais, utilize preservativos para evitar a transmissão de uma possível doença ao seu parceiro.



Referência: 

Ginecologia Ambulatorial Baseada em Evidências Científicas, 2ª ed. Cap. 42, Aroldo Camargos, Victor Hugo de Melo, Márcia Mendonça Carneiro, Fernando Marcos dos Reis





Nenhum comentário:

Postar um comentário