sábado, 14 de julho de 2018


Sinais clínicos - Sinal de Jobert



A percussão sobre uma área sólida revela um som maciço, como o que ocorre à percussão do hipocôndrio direito, numa condição normal. O aparecimento de timpanismo nessa região pode indicar interposição de alça intestinal, tórax enfisematoso e pneumoperitônio, por exemplo. No abdome agudo, o desaparecimento da macicez hepática é conhecido como Sinal de Jobert, e indica perfuração de víscera oca em peritônio livre, em geral, úlcera péptica.

Referência:
MENEGHELLI UG & MARTINELLI ALC. Princípios de semiotécnica e de interpretação do exame clínico do abdome. Medicina, Ribeirão Preto, 37: 267-285, jul./dez 2004.

Ligantes:
Geovana Kloss e Leandra Amarante

quarta-feira, 11 de julho de 2018


Medicina para leigos - Câncer do Colo do Útero



O câncer de colo uterino é um problema de saúde pública. Uma doença de país e regiões subdesenvolvidas, sendo o 7° tumor mais prevalente no mundo e o 3° mais prevalente em mulheres, no Brasil. Pode começar a partir dos 30 anos, mas a incidência é maior após a 5° década de vida, sendo o principal sintoma, um sangramento anormal, via vaginal, e em fases mais avançadas, pode ter dor e um odor desagradável.
O principal fator de risco é a infecção persistente pelo vírus HPV, uma doença que a maioria das pessoas sexualmente ativas já tiveram contato, mas que grande parte das vezes, 90%, melhoram em até 18 meses. Nesse intuito, o Ministério da Saúde (MS) implementou, em 2014, a vacina tetravalente conta o HPV para as meninas de 9 aos 13 anos, uma ótima ferramenta de prevenção. Outros fatores de risco, mas não menos importantes, são o grande número de filhos, de parceiros sexuais, o uso prolongado de anticoncepcionais e fumantes.
Esse tumor apresenta alto potencial de prevenção e cura quando diagnosticado precocemente, e para isso, o MS recomenda a realização do exame citopatológico, também conhecido como Papanicolau, dos 25 aos 64 anos. Lembrando que sempre que houver lesão suspeita, deve-se fazer biópsia.
Por fim, o tratamento vai depender o estádio da doença, podendo ser cirúrgico com a retira do útero e outros tecidos próximos também invadidos pelo tumor, ou radioterapia, quimioterapia e braquiterapia.



Referência:
Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2017.

Acadêmicos:
Filipe Laignier e Abner Machado

segunda-feira, 9 de julho de 2018



Sinais de imagem – hérnia diafragmática



            A hérnia diafragmática pode ocorrer em situações de trauma em região de transição tóraco-abdominal, em que ocorre lesão de fibras do diafragma e permite a passagem de vísceras abdominais para o interior da cavidade torácica.



            A imagem apresentada mostra hipotransparência em cavidade torácica representando a bolha gástrica devido à herniação do estômago pelo diafragma, sendo que a opacificação em hemitórax esquerdo representa o pulmão esquerdo comprimido pelo estômago.
           



Referência:
DE OLIVEIRA, Mario Ramos et al. Alguns aspectos da propedêutica radiológica do abdome agudo. Revista de Medicina, v. 44, n. 4, p. 246-272, 1960.

Acadêmicos:
André Iglesias e Débora Tana


sexta-feira, 29 de junho de 2018



Sinais clínicos - Pé cavo



Artelhos em cabeça de martelo e pé cavo são sinais que nos chamam atenção para uma neuropatia periférica:  A doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT) que é uma polineuropatia motora e sensitiva de caráter hereditário, caracterizada por fraqueza muscular, amiotrofia progressiva de início nos pés e, após, nas mãos e nos antebraços, de evolução lenta, e em membros inferiores pode-se observar as pernas em "garrafa de champanhe invertida", arreflexia profunda, hipoestesia, hipertrofia de nervos, deformidades ósseas, como artelhos em cabeça de martelo, pé cavo, escolioses.

quarta-feira, 27 de junho de 2018



Medicina para leigos - TEP





A Embolia pulmonar, também conhecida por “infarto pulmonar” e “tromboembolismo pulmonar” (TEP). Caracteriza-se por um quadro grave, que tem início quando um trombo (coágulo ou êmbolos) localizado em uma das veias das pernas ou da pelve se solta, ou seja, os vasos do pulmão (artérias) são bloqueados.
Então, ele viaja pelo organismo, alojando-se em uma das artérias do pulmão, e obstrui o fluxo de sangue. Conforme o tamanho do trombo, a embolia pulmonar pode levar o paciente à morte súbita, pois interrompem a circulação pulmonar. Esses bloqueios podem ocorrer por pedaços de gordura, fragmentos de ossos ou bolhas de ar. Geralmente, os coágulos tem origem dos membros inferiores (90% dos casos) e a embolia pulmonar é então reconhecida como uma complicação da trombose.
Os principais sintomas são falta de ar, taquicardia, dor no peito, sudorese, tontura e pulsos finos. A doença tem cura quando o diagnóstico é feito precocemente e o tratamento for seguido à risca. O tratamento é indicado para evitar a formação de coágulos e também dissolver os que já existem. Pode ser tanto medicamentoso quanto com intervenção cirúrgica.
Quando não tratada, as complicações que podem surgir para o paciente de embolia pulmonar são: pneumonia, o insuficiência respiratória e morte.
É importante entender que ao ocorrer uma embolia pulmonar, a circulação subitamente é interrompida em uma parcela do pulmão. Isto faz com que a resistência da circulação do sangue aumente e a área de funcionamento normal do pulmão diminua.
Para prevenir-se de embolia pulmonar recomenda-se atividades físicas, redução da quantidade de sal ingerida, aumento da quantidade de água ingerida, controle da pressão arterial e cessação do tabagismo.

Referência:
Volpe, Gustavo, et al. Tromboembolismo pulmonar. Condutas de enfermaria em clínica médica de hospitais de média complexidade. São Paulo, V, 43, 258-71, 2010.
Acadêmicos: Abner da Silva Machado e Filipe Lagnier

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Achados de imagem - Íleo com aspecto de “pedras de calçamento” e  sinal da corda



A alteração pode ser encontrada em uma doença inflamatória intestinal idiopática: Doença de Cronh. O Cronh possui como sítio mais acometido a região ileocecal. Dentre suas características tem-se o acometimento de qualquer segmento do trato gastrointestinal, transmural  e descontínuo (“salteado”). Nos segmentos afetados podem ser identificadas múltiplas úlceras lineares coalescentes que levam ao padrão de “pedras de calçamento” (cobblestone pattem), alteração que pode ser observada em endoscopia, exames radiográficos baritados, como na imagem apresentada, ou enterografia por TC ou RNM.
O sinal da corda em axame de enema opaca é justificado pela fibrose que leva à estenose da alça intestinal.

Referência: JUNIOR, S. C. R.; ERRANTE, P. R. Doença de Crohn, diagnóstico e tratamento. Atas de Ciências da Saúde, v.4, n°.4, pág. 31-50, São Paulo, 2016.

Acadêmicos: Débora Tana e André Iglesias

sexta-feira, 15 de junho de 2018


Sinais clínicos - Sinal de Chvostek e de Trousseau


O sinal de Chvostek é caracterizado por espasmos dos músculos periorais em resposta à percussão suave do nervo facial um pouco à frente do pavilhão auricular. Já o sinal de Trousseau ocorre quando faz-se a insuflação do manguito de pressão arterial até 20 mmHg acima da pressão arterial sistólica do paciente por 3 minutos, e observa-se o espasmo do carpo.
Ambos os sinais estão presentes no paciente com hipocalcemia moderada a grave, embora o sinal de Chvostek possa ocorrer em até 10% dos indivíduos normais. A síntese comprometida de PTH e o comprometimento da produção de vitamina D constituem as etiologias mais comuns. Também pode ocorrer em casos de queimaduras, rabdomiólise, lise tumoral ou pancreatite. Nessas situações, a causa da hipocalcemia pode incluir uma combinação de baixos níveis de albumina, hiperfosfatemia, depósito tecidual de cálcio e secreção reduzida de PTH.

Referência:
Kasper, Dennis L. et al. Manual de Medicina de Harrison. McGraw Hill Brasil, 2017.

Ligantes: Geovana Kloss e Leandra Amarante